Capitão Wagner e Roberto Cláudio reúnem deputados da oposição e reforçam foco por união para 2026

Roberto Cláudio e Capitão Wagner defendem unidade da oposição no Ceará para 2026
Em mais um gesto de articulação política com foco nas eleições de 2026, lideranças da oposição no Ceará se reuniram nesta sexta-feira (23), em Fortaleza. O encontro contou com a presença do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), e do ex-deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), além de parlamentares estaduais do PL, PDT e União Brasil.
A reunião reforçou o discurso de união entre os partidos oposicionistas ao governo Elmano de Freitas (PT) e tratou de temas como a formação de uma chapa única ao Governo do Estado e os efeitos do aumento do ICMS no Ceará.
Roberto Cláudio defende frente ampla, mas evita falar em candidaturas
Questionado sobre os recentes movimentos do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que manifestou apoio à sua eventual candidatura, Roberto Cláudio preferiu não confirmar seu nome como pré-candidato, mas reforçou a necessidade de uma frente unificada contra o grupo político liderado pelo PT no estado.
“No próximo ano, precisamos apresentar uma chapa única que vá além de nomes. É preciso apresentar um projeto de esperança e mudança de rumo para o Ceará”, disse o ex-prefeito.
Apesar de evitar anúncios, Roberto Cláudio reconheceu que há consenso dentro da oposição sobre a candidatura de Alcides Fernandes (PL) ao Senado. Segundo ele, o nome do deputado estadual tem sido bem recebido por diferentes alas do grupo oposicionista.
“Alcides tem alinhamento forte com os deputados estaduais da oposição e tem despertado entusiasmo na base”, destacou.
União Brasil e PDT: reacomodações à vista?
Tanto Roberto Cláudio quanto Capitão Wagner confirmaram que receberam convite do União Brasil para filiação. A sinalização ocorre em meio a uma nova crise interna no PDT, partido que Roberto Cláudio ainda integra, mas com o qual tem enfrentado divergências desde 2022.
O ex-prefeito desponta como principal nome da ala oposicionista do PDT e pode migrar de legenda para disputar o Palácio da Abolição em 2026, em alinhamento com Wagner e outras siglas que hoje formam o bloco opositor.
União Progressista deve seguir na oposição, diz Wagner
Outro ponto abordado no encontro foi o futuro da federação partidária entre União Brasil e Progressistas, chamada de União Progressista. Capitão Wagner afirmou que, apesar de diferenças regionais, a tendência é que a federação mantenha-se na oposição ao governo federal e, por consequência, também ao grupo petista no Ceará.
“A orientação nacional é de oposição ao PT. Quando a federação for formalizada, vamos conversar com os membros do PP no Ceará. Quem quiser seguir conosco, será bem-vindo. Quem não quiser, poderá tomar outro caminho, assumindo os custos disso”, declarou Wagner.
Críticas ao aumento do ICMS
Além das articulações políticas, o encontro também abordou temas econômicos. Os parlamentares criticaram o aumento do ICMS no Ceará, que subiu de 18% para 20% em 2023. O deputado Sargento Reginauro (União) afirmou que a oposição deve judicializar a medida.
O ex-auditor da Sefaz, José Ribeiro Neto, participou das discussões e forneceu uma análise técnica sobre os impactos da medida para a economia cearense.
Estiveram presentes na reunião os deputados estaduais Dra. Silvana (PL), Cláudio Pinho (PDT), Queiroz Filho (PDT), Antonio Henrique (PDT), Felipe Mota (União), além de Capitão Wagner, Roberto Cláudio, Alcides Fernandes e Sargento Reginauro.