O Ceará está prestes a se tornar pioneiro na produção de pistache no Brasil. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) iniciou esforços para cultivar a oleaginosa no estado, com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A região da Serra da Ibiapaba foi escolhida para os primeiros testes, devido ao seu clima ameno, que se assemelha ao da Califórnia, um dos maiores produtores mundiais de pistache .

O que é o pistache e por que ele é importante?

O pistache é uma semente originária do Oriente Médio e amplamente utilizada na culinária mundial, especialmente em doces, sorvetes e pratos salgados. Além de seu sabor característico, o pistache é rico em nutrientes e possui alto valor comercial. No Brasil, o consumo da semente tem aumentado, impulsionado pela demanda por produtos gourmet e saudáveis.

Atualmente, o Brasil importa 100% do pistache consumido internamente, o que torna o produto caro e sujeito às variações cambiais. Em 2024, o país importou 970 toneladas da semente, totalizando R$ 13,9 milhões, um aumento significativo em relação a anos anteriores .

Por que a Serra da Ibiapaba?

A Serra da Ibiapaba, localizada no noroeste do Ceará, apresenta características climáticas favoráveis ao cultivo do pistache. A região possui temperaturas amenas e estações bem definidas, com períodos de frio necessários para a indução da floração da planta. Esses fatores tornam a Serra da Ibiapaba uma área promissora para os testes de adaptação do pistache às condições tropicais .

O que está sendo feito?

A Embrapa iniciou estudos para importar material genético de pistache dos Estados Unidos, com previsão de início dos experimentos em 2025. Após os trâmites de importação e quarentena, espera-se que as primeiras safras comerciais estejam disponíveis entre 2035 e 2040. Além do cultivo, será necessário estruturar a cadeia de processamento e comercialização, tarefa que deve envolver a FAEC e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará .

Impacto esperado

A produção local de pistache pode reduzir a dependência das importações e tornar o produto mais acessível aos consumidores brasileiros. Além disso, pode gerar empregos, impulsionar a economia local e posicionar o Ceará como líder na produção de pistache no país.

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