Cerimônia reúne 133 cardeais eleitores, incluindo sete brasileiros, que decidirão o sucessor do papa Francisco

A partir da próxima quarta-feira (7), terá início, na Capela Sistina, no Vaticano, o conclave — cerimônia fechada que definirá quem será o novo papa. A votação reunirá 133 cardeais eleitores da Igreja Católica, entre eles sete brasileiros, encarregados de escolher o sucessor do papa Francisco.

Nos dias que antecedem o conclave, cerca de 200 cardeais, entre votantes e não votantes, participaram de reuniões da Congregação Geral, onde debateram os principais desafios enfrentados pela Igreja atualmente. De acordo com a Sala de Imprensa do Vaticano, os participantes expressaram o desejo de que o próximo pontífice tenha um papel profético e que conduza uma Igreja mais aberta ao mundo, comprometida com sua missão evangelizadora.

Durante os preparativos, foram instalados na Capela Sistina os equipamentos utilizados tradicionalmente no conclave: o fogareiro, onde serão queimados os votos, e a chaminé, por onde sairá a fumaça que sinaliza ao mundo o resultado da eleição papal.

Como funciona o conclave?

O termo “conclave” vem do latim cum clave, que significa “fechado à chave” — uma referência direta ao caráter sigiloso do processo. Durante o conclave, os cardeais eleitores ficam completamente isolados, sem acesso a dispositivos eletrônicos ou qualquer contato com o exterior.

As votações são realizadas na Capela Sistina, em sessões com quatro rodadas por dia — duas pela manhã e duas à tarde. Em cada rodada, os cardeais escrevem o nome de seu candidato em uma cédula. Os votos são lidos em voz alta e, em seguida, perfurados, amarrados e queimados.

Se nenhum candidato atinge os dois terços dos votos, a fumaça liberada pela chaminé é preta, indicando que ainda não há consenso. Quando o novo papa é escolhido, a fumaça emitida é branca, sinalizando ao mundo que “habemus papam” — temos um papa.

Quem pode ser escolhido?

Embora tradicionalmente o eleito seja um dos cardeais presentes no conclave, não há impedimento canônico para que seja escolhido alguém de fora do colégio cardinalício. A exigência é que o escolhido seja homem, batizado e católico — embora, se não for bispo, precise ser ordenado imediatamente após a eleição.

O mundo católico aguarda com expectativa a definição do novo líder da Igreja, que terá a responsabilidade de conduzir mais de 1,3 bilhão de fiéis em um cenário global de desafios sociais, espirituais e políticos.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.