Falta de medicamentos atinge unidades de saúde em Fortaleza e preocupa moradores

Diversas unidades de saúde de Fortaleza enfrentam uma grave escassez de medicamentos essenciais, afetando diretamente o atendimento à população. Moradores têm relatado dificuldade em encontrar remédios básicos, como dipirona, antibióticos e insulina, tanto em postos de saúde quanto em farmácias conveniadas ao SUS.
Segundo relatos, a situação se arrasta há semanas e tem causado transtornos especialmente entre os pacientes crônicos e idosos. “Meu pai tem diabetes e depende da insulina fornecida pelo posto. Estamos tendo que comprar, mas nem sempre conseguimos encontrar na rede privada”, conta Maria das Graças, moradora do bairro Parangaba.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reconheceu o problema e, em nota, informou que a falta de medicamentos se deve a atrasos em processos de licitação e à alta demanda registrada nos últimos meses. A pasta garantiu que está tomando medidas para regularizar o abastecimento o mais breve possível.
Enquanto isso, profissionais de saúde tentam driblar a escassez com alternativas terapêuticas e orientações para a população. “Tem sido um desafio enorme. Trabalhamos com o que temos, mas isso impacta diretamente na qualidade do atendimento”, afirma um enfermeiro que preferiu não se identificar.
Entidades de classe e conselhos de saúde também se manifestaram, cobrando mais transparência e agilidade por parte do poder público. A população, por sua vez, pede soluções urgentes. “A saúde não pode esperar”, resume um paciente que buscava atendimento na UPA do Jangurussu.